Nesta edição, entrevistamos Carlinhos Fagnani, eletricitário aposentado, 66 anos, um dos ícones do Esporte Gavionense. Antes de presidir local e regionalmente a 3ª idade, Carlinhos já foi jogador de futebol, auxiliar técnico e técnico da Ferroviária. Na política, Carlinhos fundou o PL (Partido Liberal) em Gavião Peixoto e presidiu o PMDB por vários anos. Fagnani foi candidato a prefeito em 1997 e 2008, pelo PMDB. Em, 2000, foi candidato a Vice, na chapa de Waltinho. Carlinhos tem sólida vivência política, desde quando Gavião ainda era distrito e defendeu a frente do não, durante o processo de emancipação.
FG: 4 mandatos depois, o senhor está contente com a emancipação?
É preciso esclarecer que não fui contra à emancipação de Gavião, mas como a forma como ela foi conduzida. Por isso, liderei a frente do não. O resultado está aí, não há união política, há muita rivalidade e o município não cresce como deveria. Estou contente sim, mas poderíamos estar muito melhor! As lutas e interesses particulares só aumentam a cada eleição e a cidade perde com isso. A saúde evoluiu, mas poderia estar melhor, assim como a educação e o esporte. A parte social foi a maior prejudicada. Hoje não há mais espaços e eventos sociais que reúnam a comunidade.
FG: Qual as suas expectativas para as próximas eleições?
As expectativas são muitas, principalmente por não realizarmos a mudança necessária ao desenvolvimento sustentável da cidade. Por exemplo: falta Plano Diretor até hoje! Não é culpa de A ou de B, mas de todos que passaram pelo poder nesses anos. É preciso pensar mais na cidade e menos em si mesmo! Temos que ter a mesma ideologia, pensarmos e agirmos juntos. Nosso povo elege, mas não cobra, não participa. Os idosos, são o segmento da sociedade que eu represento e pretendo ampliar essa representação, disputando uma vaga na Câmara com vereador. Nossos vereadores precisam ser mais atuantes, representar o povo de verdade, não somente o interesse deles. Precisamos de um prefeito que promova uma mudança geral na forma de fazer política na cidade. Temos que ter projetos, ações articuladas em conjunto com a sociedade. Nosso alicerce tá pronto faz tempo, só falta construir com seriedade o nosso futuro.
FG: Qual sua mensagem a nossa população e aos nossos leitores?
Peço a união do nosso povo. Vamos tratar a política com seriedade, acompanhar e cobrar nossos representantes. O voto não é mercadoria de troca ou de venda. É uma arma que temos para construir um futuro melhor para todos e não somente para alguns
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