terça-feira, 6 de novembro de 2012

TRABALHADORES REJEITAM PROPOSTA DA EMBRAER


Os metalúrgicos da Embraer reafirmaram, nesta terça-feira, dia 30, a reivindicação de 7,19% de reajuste salarial (INPC + 2,5% de aumento real) e rejeitaram a proposta de 6,15% (1,5% de aumento real) apresentada pelo grupo patronal do setor aeronáutico. A Embraer, principal empresa do setor, se manteve intransigente na última rodada de negociação, ocorrida ontem, em São Paulo. 

Na assembleia, os trabalhadores, que já aprovaram aviso de greve, entraram em estado permanente de mobilização. A Polícia Militar ficou de plantão na porta da fábrica, numa tentativa de intimidar os trabalhadores. Mas não adiantou. Os metalúrgicos permaneceram na assembleia e deram seu recado para a Embraer. 

Apesar da data-base da categoria ser setembro, a empresa continua travando as negociações e resistindo a atender às reivindicações dos trabalhadores. Nos outros setores metalúrgicos, os acordos estão sendo fechados por fábricas, já que não houve avanço nas negociações com os grupos patronais. Em média, os trabalhadores estão conquistando 2,7% de aumento real. Na GM, por exemplo, além do reajuste, os trabalhadores conquistaram abono de R$ 3.250. 

Esta semana, as assembleias devem acontecer também em outras fábricas do setor aeronáutico, todas fornecedoras da Embraer. 

Não há nenhuma nova negociação agendada entre Sindicato e patrões. 

Lucros em alta
A Embraer não tem motivos para apresentar propostas rebaixadas de reajuste salarial. Segundo balanço da empresa, entre janeiro e setembro, os lucros cresceram 33% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Em toda Campanha Salarial é a mesma estratégia. A empresa tenta passar para os trabalhadores a ideia de que o setor está em crise, que o melhor é não reivindicar aumento de salário. Mas a realidade é bem diferente, e o balanço comprova isso”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva.
    Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos

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