Foto: Lucas Tannuri (Tribuna Impressa)
O Ministério Público de Araraquara realiza investigação dos valores apresentados na última reforma do prédio da Câmara de Gavião Peixoto. Iniciado há alguns meses, o inquérito de número 58/10 é baseado em denúncia anônima e pretende apontar eventuais desvios de recursos e superfaturamento praticados pelo órgão. De acordo com o promotor de Justiça, Raul de Mello Franco Júnio, um parecer será elaborado pelo Centro de Apoio Operacional à execução (Caex), dando-se ou não por meio deste, continuidade à investigação. «Pedimos a análise do Caex, porém, como estão sobrecarregados, a avaliação ainda não foi feita. Ele confrontará o valor da reforma com os custos apresentados no edital", revela o promotor.
De acordo com o vereador Cláudio Barbosa (PT), que solicitou informações ao MP, pois a pintura da fachada do Plenário feita em grafiato utilizou 60 latas. «Cada lata de grafiato, segundo o vereador, daria para pintar de cinco a sete metros quadrados de parede, mas nas contas da Câmara só deu para pintar um metro quadrado com cada lata».
Conforme a planilha, a reforma da Câmara teria custado R$ 44.913,40, valores considerados acima do preço de mercado. Segundo o presidente da Câmara de Gavião na época da reforma, João Rufino Filho (PDT), a questão é política. "Temos todas as notas da obra. Não há o que dizer, a obra está com tudo certo, isso é mais político", defende-se.
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